Fez o check out e abandonou o aeroporto. Dominava a língua inglesa na perfeição, não havia problema quanto a isso. Um táxi, hotel mais próximo. Desfez as malas e teve ainda tempo para ler o panfleto informativo que alguém deixou na cabeceira e deixou o quarto para trás. Oriundo de Fafe, era um galã, um verdadeiro macho latino. A tarde foi passada pelas ruas de Amesterdão, de exposição em exposição, de café em café, de olhar trocado em olhar trocado.
Numa esplanada bem no centro da cidade, e depois de pedir uma cerveja gelada, entrou em diálogo mental com uma bela loira de olhos verdes, alta e esguia. Os seios expostos no decote, uma poltrona enigmática. Sorriu para ela, retribuiu-lhe a simpatia e fez o mesmo.
Levantou-se, compôs a camisa branca e avançou. Ingrid com um gesto convidou-o a sentar. Apresentaram-se. Uma mulher de direita, professora de Literatura, 32 anos.
Lençois revoltos, corpos nus. Tomaram banho juntos e foram dar um passeio. Interromperam a caminhada numa espécie de canal de Veneza, agarrou a mão dele e puxou-o para o seu barco. Uma noite regada com um bom vinho e completa com sorrisos e beijos. A letargia da
racionalidade, dessa pseudo consciência, da segurança camuflada, da entrega absoluta.
Uma semana depois, mais uma conquista, esta de teor diferente. Sentiu algo ao qual não estava acostumado quando a deixou. Um sentimento de pertença e saudade. Mas enfim, Portugal.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
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