quarta-feira, 24 de março de 2010

Nada.

Cansado deste cinzentismo,
Cansado da força do escuro,
Cansado de tudo.
Há uma impotência brutal em mim...

Não me encontro no auge de coisa nenhuma
E não sou capaz de me erguer do chão pisado por tantos.
Clima inexplicavelmente estranho.
Seria capaz de tanto por tanta coisa,
Embora o corpo nem sempre obedeça.

Olhar em meu redor é a coisa que mais temo
E a nostalgia no seu esplendor, preenche cada centímetro do que respiro.

Lembro o teu toque e o teu calor,
Esses velhos amigos a quem confiava os meus pêsames.
Estranhamente, seria capaz de desenhar a textura da tua língua.
Cada marca e cada sinal teu, eu sei onde está.
Saí vitoriosamente derrotado.
Sou metade do que outrora fui.

3 comentários:

  1. Nunca pensei que tivesses assim tanto jeito para escrever :o

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  2. ahahah , oh Leonor estava-mos as duas completamente na escuridão em relação ao jeito dele xD .
    Gosto muito oh Ruben :)

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  3. Nunca nos tornamos metade! Tudo o que vivemos de bom e de mau mesmo que pareça destruir-nos, derrotar-nos, pelo contrário vem sempre aumentar-nos! Tornar-nos mais! O nada é sempre um tudo de alguma coisa :p

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